VI SEMINARIO INTERFACES

VI SEMINARIO INTERFACES

Extensão

VI SEMINÁRIO INTERFACES

A partir da expertise consolidada pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) na realização das edições precedentes do referido evento, em 2023, o VI Seminário Interfaces assume um tema atual e de forte apelo social: O sono e os sonhos: saúde mental e vida social. Nessa edição, o evento abordará o papel desempenhado pelas experiências sociais na configuração da tríade sono, sonhos e saúde mental. O Seminário buscará ainda mapear alternativas teóricas e práticas capazes de subsidiar a compreensão e a intervenção sobre modos de sofrimento mental coletivo. Estes foram intensificados nos últimos anos graças à sobreposição de quatro fatores: a exploração exacerbada que caracteriza o capitalismo atual, os efeitos traumáticos pós-pandêmicos, a tensão provocada pelo cenário de polarização política e a insegurança financeira.

Nesse contexto, o sono pode ser compreendido como a última barreira fisiológica não colonizada pela lógica produtivista do capitalismo neoliberal (Crary, 2014). Em um mundo cujo ideal de atividade laboral pode ser resumido pela fórmula 24h / 7 dias por semana, a constante opressão do tempo cronometrado por demandas que se acumulam configura uma “sociedade do cansaço” (Chul Han). As práticas ligadas ao sono (a exemplo do sonhar) vão sendo paulatinamente minadas, quantitativa e qualitativamente. Dorme-se menos tempo um sono de pior qualidade, cuja superficialidade abriga sonhos facilmente esquecidos.

O VI Seminário Interfaces: "O sono e os sonhos: impactos na saúde mental e vida social" tem a honra de contar com importantes parcerias que enriquecerão ainda mais este evento de grande relevância. Estamos extremamente gratos por unir forças com instituições renomadas e reconhecidas internacionalmente, que compartilham nossa visão de promover o diálogo interdisciplinar e aprofundar o conhecimento sobre a relação entre sono, sonhos, saúde mental e vida social.

Uma das nossas valiosas parceiras é a ISERL Université Lumière Lyon 2, uma instituição de renome na área da psicologia e das ciências sociais. Sua experiência e dedicação no estudo dos aspectos psicológicos e sociais do sono e dos sonhos trazem uma perspectiva única para o Seminário Interfaces.

Também temos a honra de contar com a parceria do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGS UFPE). A expertise do PPGS UFPE na área das ciências sociais e sua abordagem crítica serão fundamentais para ampliar as discussões sobre os impactos sociais do sono e dos sonhos na saúde mental. Outra instituição parceira é a Sigmund Freud University - Paris, reconhecida internacionalmente como uma referência em estudos psicanalíticos. Sua contribuição para o Seminário Interfaces proporcionará uma análise aprofundada dos aspectos psicanalíticos relacionados ao sono, sonhos e saúde mental.

A Université de Bourgogne (UB), renomada universidade francesa, também é uma parceira de destaque no evento. Sua experiência e excelência acadêmica trarão uma perspectiva enriquecedora para as discussões sobre os impactos do sono e dos sonhos na saúde mental e na vida social.
Por fim, temos o privilégio de contar com a parceria da Universidade do Porto (UP), uma instituição de referência em Portugal, conhecida por sua excelência em pesquisa e ensino. A contribuição da UP no Seminário Interfaces será fundamental para aprofundar as análises sobre a relação entre sono, sonhos e saúde mental em um contexto mais amplo.

Organização:
OCCA/UECE
ARCUS/UECE
PPGS da UECE

Apoio:
Escritório de Cooperação Internacional - ECINT UECE 
Sistema de Comunicação O POVO/CBN
Aliança Francesa de Fortaleza

Objetivos Gerais

O Seminário buscará mapear alternativas teóricas e práticas para compreender e intervir sobre modos de sofrimento mental coletivo, sobretudo aqueles manifestos no contexto pós-pandêmico atual. 

Público-alvo

O público-alvo do VI Interfaces se configura nos estudantes e pesquisadores acadêmicos, bem como os profissionais de diversas áreas (da neurocientistas aos nutricionistas, dos médicos aos fisioterapeutas, dos cientistas sociais aos terapeutas holísticos) e todos os interessados em promover a saúde individual e coletiva por meio da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas. 

Disciplinas

Documentação Necessária

Quem é quem no VI Seminário Interfaces:

Bernard Lahire

Nascido em 1963, Bernard Lahire é professor de sociologia na École Normale Supérieure de Lyon e é membro sênior do Institut Universitaire de France. Seus trabalhos têm abordado sucessivamente a produção do fracasso escolar na escola primária, os modos populares de apropriação da escrita, os sucessos escolares em meio popular, as diferentes maneiras de estudar no espaço de ensino superior, a história do problema social chamado « iletrismo », as práticas culturais dos franceses, as condições de vida e de criação de escritores, a obra de Franz Kafka, a história das relações entre arte e dominação no Ocidente ou ainda sobre os sonhos. Seu trabalho configura-se como uma teoria da ação ao mesmo tempo disposicionalista e contextualista, uma reflexão cuja contribuição é a de especificar e nuançar a teoria dos campos e a teoria do habitus desenvolvida por Pierre Bourdieu a partir do conceito de « jogo social » e uma reflexão epistemológica sobre as ciências sociais e suas funções sociais. Ele formulou também proposições para o ensino das ciências do mundo social a partir da escola primária (L’espritsociologique, 2005).

Paula Guerra

Doutora em Sociologia. É Professora no Departamento de Sociologia e pesquisadora colaboradora no Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP-IS-UP). Coordena o grupo Criação artística, práticas e políticas culturais. Fundou e coordena a Rede Todas as Artes, Rede Luso-Afro-Brasileira de Sociologia da Cultura e das Artes. Está ligada à Interdisciplinary Network for the Study of Subcultures, Popular Music and Social Change e à Research Network Sociology of the Arts of the European Sociological Association. Tem sido professora visitante em várias universidades internacionais. Coordena pesquisas sobre culturas juvenis, sociologia da arte e da cultura. Orienta projetos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. É membro do conselho editorial de revistas científicas nacionais e internacionais. Interesses de investigação: popular music, culturas e carreiras DIY, subculturas e pós-subculturas, teoria social crítica, teorias sociológicas, metodologias qualitativas de investigação, música e cenas musicais underground, autenticidade, aura e carisma nas artes, campos culturais, art worlds, cinema, performance. É coordenadora e fundadora da KISMIF Conference e da Secção Temática Arte, Cultura e Comunicação da Associação Portuguesa de Sociologia. É autora de livros e inúmeros artigos publicados em revistas nacionais e internacionais: Journal of Sociology, Popular Music and Society, European Journalof Cultural Studies, Critical Arts, Portuguese Journal of Social Sciences, Sociologia, Problemas e Práticas, Revista Crítica de Ciências Sociais.

Philippe Martin

Professor de história moderna na Université Lumière Lyon 2. Ele é também Diretor do ISERL (Institut Supérieur d’Etudes des Religionset de la Laïcité) e coordenador do GIS-Religions do CNRS. Por meio de suas pesquisas, ele se especializou em história das devoções nos séculos XVI ao XXI. Publicações recentes: Pèlerins (XVe-XXIesiècles), (Paris, CNRS Editions, 2016); Lesreligions face auxépidémies de la peste noire à la Covid (Paris, Cerf, 2020); Rencontres avec le diable (Paris, Cerf, 2022) em colaboração com Nicolas Diochon. Philippe Martin produz ainda filmes científicos. Ele realizou um webdocumentário sobre superstições: http://superstition.huma-num.fr/.

Jorge Santiago

Doutorado em Antropologia Social, Etnografia e Etnologia (1997), pela École des Hautes Études em Sciences Sociales – EHESS, Paris. Em 2004, obteve sua Habilitação para Orientar Teses de Doutorado (HDR), com o trabalho Antropologia da cidade – memórias, história, literaturas e narrações urbanas, na Université Paris III – Sorbonne Nouvelle. Em 2007, com a monografia A obra literária de Lima Barreto, uma proto-antropologia da cidade, foi agraciado com o Prêmio Itamaraty no Concurso Internacional de Monografias sobre a obra de Lima Barreto, promovido pelo Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Mais recentemente obteve o Diploma Acadêmico Interuniversitário (2016-2017) com o tema Saúde, Sociedade, Migrações, obtido no Observatório de Saúde Mental, Vulnerabilidades e Sociedade – Centro Hospitalar Le Vinatier. Atualmente, é Professor Emérito, vinculado à UMR 5600 – EVS (Environnement, ville, société – Meio Ambiente, cidade, sociedade), na Université Lumière Lyon 2.

 Alain Chenevez

Maître de conférences no Departamento Denis Diderot (Études culturelles et patrimoniales). Ele é responsável pelo Master 1 em Direção de estabelecimentos e de projetos culturais. É ainda responsável pedagógico DU Gestion intégrée des patrimoines et stratégies territoriales. Suas atividades de pesquisa questionam os usos e as evoluções da noção de patrimônio em consonância com a gestão territorial e urbana. Sua orientação teórica e metodológica se inscreve em uma perspectiva sócioantropológica e comunicacional. Alain Chenevez trabalhou sobre vínculos entre a noção de patrimônio, a história e a memória, assim como com instituições internacionais tais como a UNESCO. Para ele, o patrimônio ultrapassa hoje o simples fato da proteção e da conservação. De agora em diante ele está no coração da construção da « cidade/metrópole » e processos de urbanidades.

Leonel Cerruto

Nativo dos Andes e indígena quechua de Cochabamba (Bolivia), Leonel Cerutto é membro-fundador do Centro de Culturas Originárias Kawsay-Bolívia, ligado à Rede Internacional Terra do Futuro, ecoordena as Universidades Indígenas na Bolívia. Kawsay é uma entidade semfins lucrativos que, desde 1999, busca o fortalecimento erevitalização de culturas indígenas por meio de um processo de educação comunitário, intersistêmico, intra / intercultural. Entre seus objetivos está fortalecer a identidade e sustentabilidade dos povos indígenas a partir de uma visão ecológica e comunitária de todos os campos de desenvolvimento das pessoas

Hanna Limulja

Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina com a tese intitulada: "O Desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami" (2019). Entre 2008 e 2010 atuou como antropóloga da equipe do Programa Rio Negro do Instituto Socioambiental em projetos de educação escolar indígena, pesquisa intercultural e transdisciplinar com os Yanomami do Brasil. Entre 2011 e 2012 atuou junto aos Yanomami na Venezuela também em projetos de educação escolar indígena, pesquisa intercultural e na conformação política da Organização Yanomami Horonami. Desenvolve projetos de pesquisa junto a Survival Internacional desde 2012 sobre as temáticas relacionadas a violação de direitos indígenas, mineração ilegal, genocídio, tendo colaborado para subsidiar o Relatório da Comissão Nacional da Verdade sobre o tema de violação de direitos humanos dos povos indígenas. Integra a Rede Pró-Yanomami e Yekwana.

Michiko Okano

Doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo (2007). É professora associada do Departamento de Artes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e professora colaboradora no Programa de Língua, Literatura e Cultura Japonesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). É coordenadora do Grupo de Estudos Arte Ásia (geaa.art.br). Atua principalmente nos seguintes temas: arte japonesa, arte nipo-brasileira e cultura japonesa. Curadora da exposição de 21 artistas nipo-brasileiros, Olhar In Comum: Japão Revisitado no MON, Curitiba, em 2016 e da exposição de artistas nipo-latinos, Transpacific Borderlands: The Art of Japanese Diaspora in Lima, Los Angeles, México City and São Paulo no Japanese American National Museum, Los Angeles, em 2017/18. Autora do livro Ma: entre-espaço da arte e comunicação no Japão (Annablume, 2011), Manabu Mabe (Folha de S. Paulo, 2013), Anais Oriente-se Ampliando Fronteiras (org.) (Unifesp 2014), Conceitos estéticos: do transtemporal ao espacial na arte japonesa (Unifesp, 2021) e Entre Brasil e Japão, Paris: Helena e Riokai (Galeria 132, 2021).

Elizabeth Pissolato

Etnóloga, docente e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFJF Doutora (2006) em antropologia social pelo Museu Nacional da UFRJ. Participa do Laboratório de Antropologia Visual e Documentário Lavidoc (UFJF/CNPq). De 2009 a 2010 participou do Centre d’Enseignement et Recherche en Ethnologie Amérindienne / EREA/CNRS e do Laboratoire d’Éthnologie et Sociologie Comparative (LESC/Université Paris X) em Paris, França. Realiza pesquisas com os Guarani Mbya, tendo publicado uma etnografia realizada com aldeias guaranis no estado do Rio de Janeiro (A duração da pessoa: mobilidade, parentesco e xamanismo mbya (guarani), EDUNESP/ISA/NuTI, 2007). Tem interesse em temas no campo da etnologia indígena: parentesco, ritual, xamanismo, formas políticas e transformações ameríndias, e Teorias Antropológicas voltadas aos debates contemporâneos sobre corpo, emoções, natureza e cultura. Desde 2019, coordena a área de antropologia do projeto colaborativo de pesquisa e extensão voltado à construção do Museu Apyãwa/Tapirapé (MT), junto à Comunidade Apyãwa-Tapirapé e à equipe interdisciplinar de arquitetura e antropologia da UFJF/UFRJ.

Gabriel Peters

Doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ). Professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É autor de diversos artigos sobre teoria social contemporânea em periódicos no Brasil e no exterior. Publicou dois livros: Percursos na teoria das práticas sociais: Anthony Giddens e Pierre Bourdieu e A ordem social como problema psíquico: do existencialismo sociológico à epistemologia insana. Escreve com frequência no Blog do Labemus – Laboratório de Estudos em Teoria e Mudança Social: https://blogdolabemus.com/.

Marcelo Camurça

Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ (1994). Realizou pós-doutorado na École Pratique des Hautes Etudes/Sorbonne, Session Sciences Religieuses (2009). Aposentou-se como Professor Titular da Universidade Federal de Juiz de Fora (2017) e retornou à UFJF na condição de Professor Convidado a partir de 2018, atuando no Departamento de Ciência da Religião nos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Religião e no de Ciências Sociais. Foi professor visitante no PPGS da Universidade Estadual do Ceará (2018) e no Programa de Pós Graduação em História Social na UERJ (2019-2020). É vice-coordenador do Laboratório Interdisciplinar das Religiões e Movimentos Migratórios (Lärm) no PPGHS/UERJ. Tem experiência nas áreas de Antropologia da Religião e Antropologia da Política, com ênfase em pesquisas sobre o Campo Religioso Brasileiro e Religião no Espaço Público. Pesquisa mais especificamente os seguintes temas: Catolicismo, Espiritismo e Nova Era na perspectiva de religião e modernidade, sobre a Laicidade e o papel público das religiões no Brasil, sobre rituais e imaginário da política e sobre a temática da juventude e religião. Conduz ainda uma reflexão sobre o lugar epistemológico das Ciências da Religião no campo das Ciências Sociais e mais amplamente das Ciências Humanas.

Investimento

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